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Mostrando postagens de julho, 2009
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(Fascículo 14) Os Navios Vickings Eram excelentes, as qualidades náuticas das embarcações Vickings: cascos trincados ,muito longos relativamente à boca , dotados de quilha, o que lhes proporcionava uma manutenção do rumo depois de regulada a vela quadrada, com que apesar disso os Drakars e os Knarrs -assim se designavam os principais tipos de embarcações nórdicas -conseguiam bolinar(?) ,em ângulos não muito apertados. KNARR Knarr ( recriado ) bolinando Os navios eram concebidos para o comércio costeiro, e por isso eram abertos(sem convés) e amarando na praia, á noite, onde estabeleciam acampamento. Tinham calado baixo.Eram esguios, com óptimas saídas de água devido ás suas linhas onde a popa tinha uma forma recurvada como a proa ,permitindo-lhes navegar nos dois sentidos em locais apertados(rios,enseadas). Utilizavam na construção o carvalho, mas também pinho e a lima. KNARR ( reconstituição ) KNARR com vento da popa Quando necessitaram de atravessar oceanos, os nórdicos criaram barco
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( Fascículo 13 ) Os Vickings Quando os lavradores e navegantes Escandinavos chegaram às ilhas Féroe, espantaram-se com o facto de já lá encontrarem monges irlandeses.A Irlanda tinha sido convertida no Séc V (dC),tendo várias comunidades de monges construído igrejas e abrigos nas escarpas ermas daquele país ,junto do mar,onde procuravam sustento. Um desses monges,no SécVIII, depois da visita dos escandinavos escreveu um texto onde dá conta de «um santo homem ,que num barquito se meteu mar dentro, tendo chegado a uma dessas ilhas » A primeira em que desembarcaram,para seu espanto, movia-se.Intrigados,verificaram que tinham desembarcado numa baleia. Assim nasceu a lenda de S.Brandão ,o oráculo que passou a ser, o protector dos Navegantes. S .Brandão e a Baleia Certo é que hoje sabemos que a partir de 763 dC, uma nova identidade de colonos,mais sedentários (lavradores em procura de terrenos para os seus gados )desembarcaram junto do leito do Sena (Normandia) e pelo litoral oeste da Ingla
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(fascículo 12) As embarcações Árabes [1] Os muçulmanos islamistas trouxeram ao ocidente todo o conhecimento relativo à ciência náutica, à astronomia, e até, à cartografia. Servindo de elo de transmissão entre as civilizações orientais e os europeus, e em particular os povos peninsulares, foi através dos contactos tidos aquando da ocupação islâmica de grande parte da Ibéria, e de boa parte de França, que foram legados ao mundo europeu muitos conhecimentos na área marítima ,entre outras. Em particular a construção de embarcações revestidas com uma espécie de betume( o lapes ) que lhes conferia uma durabilidade enorme( quase um século comparado com os poucos dez anos da duração de uma embarcação portuguesa ao tempo) [2] .Usaram também para revestir as embarcações pelarias , de que se abasteciam em todo o Magreb. A «Coca de Mataró»: uma embarcação genuinamente do mediterrâneo [3] Os mercadores árabes chegaram a Alexandria, vindos do mar Vermelho. E quando se apossaram da Siria (636 dC)
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(Fascículo 11) As embarcações Gregas e Romanas. Há entendimento geral que, primeiro os gregos e depois os romanos ,muito embora ainda privilegiassem a deslocação das embarcações por remos (bi, tri remes e mais…), iniciaram a utilização de velas ainda que muito pouco desenvolvidas , servindo apenas para deslocações com ventos por detrás. Muito embora não descurassem as embarcações para as trocas comerciais ,mais ou menos copiadas das fenícias , uns e outros procuraram através da construção das Galeras obter poderio Naval ,protegendo o comércio marítimo, mas também em atitude de domínio e expansão territorial. As Galeras de três fiadas de remos a cada bordo (tri-remes ou trieras), deslocariam/admite-se) cerca de 22 toneladas, medindo entre 35 a 36 metros de comprimento e tendo uns 5 metros de boca (coef. 7,2). Galera Grega Deslocavam-se sob o impulso de 170 remos dispostos em três ordens. Os remadores colocavam-se num espaço interior sentados em bancadas, dispostos em três níveis difere
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(Fascículo 12) Os Fenícios Os PhoiniKes (era desse modo que os gregos designavam os «Fenícios»), gentes estabelecidas entre o Líbano e o mar Mediterrâneo, tiveram por necessidade da exiguidade do seu território, de se voltarem para o mar. Não sendo propriamente um povo, agregavam-se em cidades que apenas se uniam por razões de ameaças de guerra. Inicialmente explorando as madeiras de cedro – em que o território era rico - logo rapidamente se vieram dedicar à procura da púrpura e depois ao estanho, deslocando –se para isso até ao sul da Península – a Tartesso - fundando Gades (actual Cadiz) ,ou até a contornando para- admite-se - o ir buscar às ilhas britânicas. Assim o refere a viagem de Himilcão, supostamente feita em 525 a.C ,de que contudo não há absoluta certeza. E até se assume, que não já os Fenícios mas sim os Tartessos (usando outro tipo de embarcação de bordo alto) poderiam ter feito regularmente esta viagem no Atlântico. Barco TARTESSO E há lendas -ou razões?!- que levam a
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( F ascículo 11) Viagem a «Punt» Não se sabe ao certo quando é que o homem percebeu, e logo usou, o primeiro barco que lhe permitiu ultrapassar um pequeno curso de água, e que depois foi desenvolvendo, permitindo-lhe ir transaccionar mercancias que tinha em excesso, trocando-as por outras que lhe faltavam. Admite-se que há dez, vinte mil anos, se teria começado a dar a aproximação dos nossos antepassados primitivos à borda da água, que de nómadas, pastores, caçadores, se começariam a sedentarizar junto dos grandes leitos dos rios, onde teriam iniciado o cultivo de aluviões férteis, terras frescas e macias, facilmente aráveis, e notavelmente produtivas. Os rios com a sua fauna terão despertado interesse por permitirem variação da dieta alimentar. Foi o caso das margens do Tigre e Eufrates, do Nilo, do Zambeze e do Habito (na China), entre outros. Rapidamente o «Homem» começou a procurar produtos novos que não encontrava perto dos seus locais de pousio, sendo obrigado a procurá-los em o
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(Fascículo 10) AS GRANDES NAVEGAÇÕES MARÍTIMAS PARTE II-AS EMBARCAÇÕES DAS GRANDES NAVEGAÇÕES Não acredito em bruxas …mas lá que as hay…hay… E foi assim .. Há uns anos atrás – mais de dez!- ,aquando da feitura do livro «Nas Rotas dos Bacalhaus» ,tive de ir á Torre do Tombo para consultar o «Tratado dos Descobrimentos» de António Galvão. Tenho por hábito o de ter em casa, nas prateleiras, todos os livros citados nos meus livros – os que puder ou for possível. Aquele não poderia faltar, até porque muito do que lá encontrei excedia o que pretendia no momento. Uma rápida consulta ao mesmo, abriu-me novas curiosidades, iniciadas por referências que lhe foram feitas por meu Pai ,apontando-o como referencial histórico que parecia,propositadamente apagado da memória. Dei pois ordem a uns livreiros de velharias para que se aparecesse no mercado, mo enviassem à cobrança. Ora agora embrenhado neste novo trabalho das «Grandes Navegações» fui de novo obrigado a citá-lo. A dimensão e os fins do Blog