Estará para breve o recontar de uma
Aquando da feitura do livro «Nas Rotas dos Bacalhaus», fui-me defrontando com várias duvidas (que vinham de há muito tomando consistência e forma) para as quais nunca encontrei resposta satisfatória, mesmo que na tentativa de as esclarecer tenha explorado o saber e opiniões contraditórias de historiadores (Portugueses e Estrangeiros) que ao longo do tempo têm tentado resolver as perplexidades que foram surgindo á medida que se foi sabendo muito mais sobre as grandes viagens marítimas do passado.
O problema central pode resumir-se
b) Foi Colombo, de facto, o primeiro navegador a descobrir o «Novo Mundo»?
c) A «Teoria do Segredo» -que teve e tem adeptos e contraditores - tem sentido? E será que uma das suas expressões mais relevantes foi razão para o estranho desconhecimento das navegações e explorações do Atlântico Norte?
Mantenho-me por isso atento a tudo o que, cá dentro e lá por fora, se vai descortinando, pois que hoje há um incomensurável número de conhecimentos científicos que podem, ou não, comprovar o que até aqui eram apenas indícios. E pode dizer-se, sem temor de errar, que há muito para explorar, decifrar e confirmar, mas que talvez seja possível desde já dizer-se que a história não nos foi exactamente contada, como de facto aconteceu.
A historiografia dos Descobrimentos e expansão imperial portuguesa foi claramente tratada com alguma falta de rigor, e quase sempre, justificando-as por uma razão: a de ter sido para os portugueses o acontecimento complexo que P. António Vieira classificou «como a maior das obras de Deus depois da criação». Camões antes, e Fernando Pessoa ,depois ,encarregaram-se de traduzir em forma poética o feito. Pelo meio destes vates, muitos se lhe juntaram pese embora sem a expressão e a grandeza poética daqueles. E como o feito nos deu (e dá) dimensão histórica que o País não tem como dimensão territorial ,agarrámo-nos com fervor a contar a história ainda que nem sempre de um modo isento, esclarecido. Certo é, que a visão épica das navegações (e conquistas) foi passando de geração em geração, e sobrepôs-se a todos os outros sentimentos patrióticos, igualando-a aos fabulosos trabalhos de Hércules. Pareceu entendermos que era bom aceitar os feitos, mais como uma missão espiritual, do que a de um simples fim mercantilista.
O Mapa de Heródoto«o Pai da História-484 aC
Recordo que meu Pai ,formado em História na Universidade de Coimbra na época da disussão em torno das figuras atrás referidas, sempre me orientou (explicando-me)que a teoria do segredo era muito mais do que aquilo que Jaime Cortesão pretendia ter sido.
Mantem-se aceso nos meios académicos o mistério que envolve a origem de Colombo. E nem as novas tecnologias trazendo o apport do ADN, conseguiram, até hoje, esclarecer a nacionalidade do navegador. Ora as tentativas rodeadas de tanto aparato, envoltas em garantias científicas do que se apregoavam infalibilidade, levava a fundadas esperanças da decifração do enigma. Sucedeu que os resultados obtidos baralharam tudo de novo ; e agora acrescentando um novo enigma, pois nem sequer se sabe, ao certo, onde param os restos mortais do grande Almirante.A confusão voltou de novo a instalar-se. Mas mais ainda: até permitiu fantasias, recentes, que o dão como português de gema,de ascendência fidalga[1], que se propõe vê-lo como um espião ao serviço de D.João II, um verdadeiro agente tipo CIA ou KGB, que pouco mais teria feito que endrominar os reis espanhóis mantendo-os distraídos, enquanto paulatinamente (?!) Portugal ia avançando, dobrado o Cabo, em procura do melhor meio de chegar à Índia, no caminho por oriente. Aquele em que os estrategas conselheiros do rei português apostaram, como sendo o melhor. Provavelmente, como hoje é admissível pensar-se, por dele terem muito mais, e mais precisos, conhecimentos.
Mas não deixava de sugerir uma ideia da eventual existência de mundos escandinavos, representando a célebre ilha de Thule. A oeste os limites eram as ilhas afortunadas ,que muito deram que falar séculos mais tarde. Embora Heródoto e Eratóstenes afirmassem que a África era circum-navegável ,Ptolomeu circunscreveu o Indico ,fechando-o.
A visão Ptolomaica do mundo, num arranjo sobre um globo[2
Eratóstenes(c276-194 aC) calculou o circunferência da Terra para isso usando um método expedito.
Eratóstenes:calculo circunferência Terrestre
E determinou–a com uma aproximação de 2,5% (25.000 milhas-240.000 estádios).Contudo Possidónio fez novos cálculos e determinou 180.000 estádios, número que foi aceite por Ptolomeu. Este erro, mais tarde, esteve na base da suposição por Colombo de que a distância entre a Europa e o Japão era, de facto inferior á real. adiante.
Visão do Mundo de Eratóstenes[3]
[1] »O Português Cristovão Colombo agente secreto de D.João II»-Miguel Barreto ed Referendo e ou«O Mistério de Cristovão Colombo revelado«-Manuel Silva Rosa e ERic Stele ed Esquilo
[2] Curioso é eu o mapa representava Thule( ou Thile),sabia da existência do mar Báltico,da península Dinamarquesa ,do Cáspio e indica a Taprobana no Oceano Indico
[3] Nesta visão o Indico é aberto ,e mantém a ideia da Taprobana
(cont)
Em fase de experiências, não seria melhor averiguar o motivo por que não abrem três, das cinco imagens? Melhorou bastante o aspecto formal, relativamente à edição da tarde.
ResponderExcluirRaridades cartográficas precisavam de ser observadas com mais pormenor...
blá blá blá...
ResponderExcluirzzzzzzz