
S .Brandão e a Baleia
Certo é que hoje sabemos que a partir de 763 dC, uma nova identidade de colonos,mais sedentários (lavradores em procura de terrenos para os seus gados )desembarcaram junto do leito do Sena (Normandia) e pelo litoral oeste da Inglaterra e Irlanda. Havia outros Vickings procurando outras paragens. Em 860,um Drakar (embarcação vicking de alto mar)regressou á Noruega com a notícia da descoberta

Viagens Vickings no Atlântico Norte
de novas terras a oito dias de viagem.Logo outras expedições largaram, comandadas por Floki Vildgerdason ,que de imediato descobriu a Islândia (Terra dos Gelos).E a partir de 870 iniciar-se-ia a colonização ao longo das costas verdejantes daquela ilha.

Vickings na Groenlândia
Depois as Sagas (relatos de tradições orais,muito fortes, a que apenas se deu crédito recentemente depois de investigações arqueológicas que confirmaram a presença daquelas gentes pela Groenlândia) relatam toda esta história de navegações no norte Atlântico,onde surge a figura incontornável de Eric «O Vermelho[1].Seu filho Leif Ericson,«um esplêndido homem do mar » fez então várias viagens comerciais entre a Groenlândia, Escócia e Noruega. E adquirindo um KNARR, sai da Groenlândia,lançando-se para sudoeste à procura de novas terras. Atinge assim as Terras do Lavrador e estabelece-se na Terra Nova (na Hanse aux Meadows). A toda aquela região dá o nome de Vinland (com esta designação liga-se a história de aí terem recolhido umas bagas que verificaram ser uvas de vinho(?) com que carregaram os seus navios). Hoje vários livros estudam e revelam as primeiras Sagas conhecidas :A Saga d’Eric o Vermelho,The Vinland Saga,The Book of the Icelanderse, o célebre código Islandês traduzido por Magnus Magnusson, a Saga de S.Olavo etc.E ainda o Flatteyjarbók, que escrito em 1380 descreve as primeiras viagens à Groenlândia ,e onde é registado o primeiro avistamento da costa americana pelo comerciante - navegadoro, Bjarn, e ainda, as aventuras de Eric «O Ruivo».
Os povos nórdicos navegavam tomando como referência a Polar a que chamavam Leidarstjerne, embora dadas as latitudes onde navegavam,e o facto de os dias serem muito longos,aquela pouco lhes servisse de referência (fora do inicio da Primavera ou Outono). Utilizavam um curioso instrumento o solskuggafol [2] que consistia em um disco flutuando na água contida numa celha, no qual existiam gravados vários círculos concêntricos que correspondiam a vários locais .No centro do disco estava inserido um estilete regulável conforme a época do ano. E era pela sombra do estilete- que variava conforme se navegasse para norte ou para sul -,que se determinava o local que se pretendia atingir .A partir daí era navegar de modo a que a sombra da haste, ao meio dia ,estivesse sempre coincidente com o circulo que assinalava a latitude do local.
O «solskuggafol»
Contudo era o conhecimento visual (rochedos ,promontórios, correntes) que os ajudava a perceber onde estavam só possível por uma rara intuição náutica que transmitiam oralmente, de clã em clã.
Mas estes povos do Norte ,resolveram descer o Atlântico e penetrar no Mediterrâneo, atingindo o do sul de Itália onde se fixaram e estabeleceram colónias normandas.
Colónias Nórdicas no Mediterrâneo
[1] Eric o Vermelho –ver em «as rotas dos Bacalhaus»
[2] No sec XVII e XVIII os marinheiros das ilhas de Fèroe ainda utilizavam este instrumento.
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