(3º Fascículo)

O MAPA DA VINLAND
O Mapa da Vinland, encontrado em 1965 e que foi considerado uma falsificação porque os vestígios de tinta encontrados(TiO2) se diziam não existirem na Europa no período da sua execução ,tem hoje já uma garantia de veracidade. Este mapa mostra a possibilidade de a Groenlândia poder ser no séc XV navegável pelo Norte. E é hoje aceite que Colombo fez essa navegação circundando-a por esse lado .Até data recente duvidou-se do facto .Até que estudos científicos vieram provar que no séc.XV as temperaturas das águas permitiam a navegação que Colombo afirmou teria feito ,identificando até a Ilha de Thule.


,O Mapa da Vinland


O Início das Navegações portuguesas

Em princípio, o conhecimento do mundo tido no tempo em que D Henrique inicia o programa de expansão marítima delineado depois de tomar Ceuta, e perdê-la de novo ,o que o leva a lançar-se definitivamente na procura do Cabo das Tormentas, era apenas o referido na cartografia referida nos capitulos anteriores. O que diga-se era muito pouco.

Ou será que D.Henrique e os seus cosmógrafos saberiam muito mais do que aquilo que durante muitos anos admitimos eles saberem?
Importa, pois,deter-mo-nos um pouco a tentar responder a esta questão :- o que saberia D. Henrique do desenho do Mapa Mundi, que informações recolheu, qual a importância da missão europeia do seu Irmão D.Pedro e que novidades trouxe este de Veneza que teriam decisivamente influenciado a decisão portuguesa da rota por oriente, depois mantida por D João II e seu primo D. Manuel I, desprezando – ou (talvez) utilizando – as descobertas de Colombo?
Vejamos.
Sabendo o que se sabe hoje das «Sagas» nórdicas
[1], aprofundada a certeza das mesmas através das reconstituições e estudos arqueológicos indesmentíveis, arrumada esta questão -que levou tempo imenso a se assumir como facto incontornável o que vem dizer que o dossier das grandes navegações está, ainda em aberto -, logo outra se levantou, a qual era a de saber a proveniência dos conhecimentos de Colombo – que foram transmitidos a D. João II e aos seus cosmógrafos - sobre paragens que eram apenas referidas, até então, por notícias que correndo no norte da Europa, eram apenas e só confundidas com lendas. Seria certo, como levantámos a hipótese na «Rotas dos Bacalhaus», que D. Henrique teria indagado (e aprofundado) os indícios do avistamento da Terra-Nova pelo seu escudeiro Diogo de Teive[2] , e em função disso teria tomado a decisão(secreta) de impulsionar novas missões com o claro propósito de saber muito mais sobre a costa norte americana, do que durante muito tempo se









A viagem de Teive



admitiu? Porque teria sido que essas frequentes viagens, com prometimentos de concessão de benesses de grande dimensão aos capitães das mesmas em caso de «achamento», -viagens que sabemos foram continuadas até ao reinado de D. Manuel I, mas não sabemos exactamente quantas, à excepção das dos Corte-Reais-, não foram devidamente relevadas, não parecendo preocupar (muito) os historiógrafos das grandes descobertas, levando-os a não s deterem a falta de noticias que poderiam ser de capital importância para a decisão da escolha da outra rota possível para as Índias, a do oriente ? Que razões estiveram na obstinação de se dar a entender que só o caminho pelo Cabo fazia parte do programa de se chegar às Índias, quando era perfeitamente admissível (ou até evidente) que havia um continente a ocidente(já Ptolomeu o garantira), e que importaria explorar se esse não seria um caminho mais directo, já que as distorções cartográficas anteriormente referidas e depois referidas propositadamente o queriam fazer entender (ainda com mais evidência)?
Abordemos algumas questões que hoje ainda esperam resposta:





A carta Pisana

(o primeiro portulano conhecido desenhado algures entre 1275 e 1291)
[1] «Rotas dos Bacalhaus» pp
[2] Sobre a viagem de Teive ver »rotas dos Bacalhaus » pp 17
(cont)

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