2-A carta DE TOSCANELLI
Ora a referida carta é acompanhada por um mapa que mostrava (?!) a rota oeste através do Atlântico, via Antilia. Informação idêntica, foi transmitida por Toscanelli a Behaim (ou Martinho da Boémia), cartógrafo alemão que trabalhava para o rei Português, e que a fez chegar às mãos reais, admite-se, trazida por D. Pedro.
Reconstrução do Mapa de Toscanelli
E Toscanelli ia mais longe, pois não só considerava "aquele país dever ser procurado pelos latinos ,não apenas pelas riquezas" ,mas por ser um país "de sábios ,filósofos, e peritos de astrologia".
Colombo convenceu-se das razões de Toscanelli.O rei de Portugal ,não!
2-A ilha de Thule (Thile)
...que Colombo afirma ter avistado, e de que em Fevereiro de 1477,sobre a mesma, escreve:
“ (…) Eu naveguei 470 (cem léguas) milhas para além de Thile, cuja parte sul fica na latitude de 73 graus norte, mas havia grandes marés de 26 braças”
Mapa genovês de 1457(Toscanelli ?)
Estas referências de Colombo à navegação por aquelas paragens (em viagem de iniciativa dos reis de Portugal e Dinamarca) provam que o norte da Groenlândia era navegável, à data, o que cientificamente hoje se sabe já ser possivel- o que corrobora a questão do mapa da Vinland [3] que novos conhecimentos confirmam.A razão evocada para a desconfiança que aquele mapa gerou-a existência de particulas de tinta que não eram conhecidas na Europa [4] medieval-, aquando do seu achamento ,acabou, agora que as mesmas podem ter outro tipo justificação, encontrar origem numa outra concepção de pioneirismo marítimo. Voltaremos ao assunto.
Verdade é que Colombo tinha razão quando afirmou ter navegado por aquelas paragens,então ainda não cobertas de gelo.Muitos historiógrafos não acreditaram.
3-A descoberta do navegador na sua segunda viagem
Intrigante a afirmação de Colombo quando regista na sua segunda viagem:
(...) “numa casa (onde) encontraram o que parece ser um pote de ferro (...) o cadaste da popa de um barco”.
Os restos de um barco com cadaste de ferro, naquele tempo?
Nunca se percebeu o porquê nem a origem dos vestígios, mas era certo que a pormenorização habitual das descrições do Almirante habituara a lhe dar crédito. Ele compreendeu o quanto estranho era o achado e o seu significado: - antes dele já ali estivera outra gente.
4- A procura da Antília
Quando a 24 de Outubro de 1492,Colombo escreve
“ (para chegar a Antilia) eu tinha de seguir o rumo oeste-sul-oeste para lá chegar …e nas esferas que eu vi e nos desenhos dos mapa-múndis é nesta região…[5]
A que mapas e a que «esferas» se referia Colombo?..que lhe davam a certeza da existência da tal «Antilia» (de que muitos historiadores – quase todos -sempre se duvidaram da sua a existência real), mas de que Colombo não duvidava, porque afirmava
«ANTILLIA»
(....) " tinha visto a sua «posição» com os próprios olhos", num mapa,
Por isso sabendo
(....) “ que aquelas são as incontáveis ilhas que no mapa-mundi estão colocadas no fim do oriente”
Seria então verdadeira a tese de que os “portugueses teriam chegado a Antilia muito antes de Colombo sair de Sevilha”? E teria acontecido que Colombo teria navegado numa dessas viagens ainda ao serviço do rei português, na qual adquiriu o conhecimento da existência de tais ilhas?[6]
[1] Carta de P.Toscanelli a Colombo ,H .Vigaud in Toscanelli and Colombus, ed Sands 1902 pp 322 e 323
[2] Esta carta era cópia de uma outra enviada a D.Afonso V(via Martinez Roriz)
[3] Ibiden pppp64
[4] Conforme na altura demos conhecimento nas «Rotas dos Bacalhaus»
[5] The Journal of Columbus ,- anotado por Vigneras,1960 pp12,43 e 62
[6] Ver «Nas Rotas dos Bacalhaus »-Senos da Fonseca pp
(cont)
N.I-No finasl do Blog fornecer-se-à completa bibliografia
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