(Fascículo 12)

Os Fenícios

Os PhoiniKes (era desse modo que os gregos designavam os «Fenícios»), gentes estabelecidas entre o Líbano e o mar Mediterrâneo, tiveram por necessidade da exiguidade do seu território, de se voltarem para o mar. Não sendo propriamente um povo, agregavam-se em cidades que apenas se uniam por razões de ameaças de guerra. Inicialmente explorando as madeiras de cedro – em que o território era rico - logo rapidamente se vieram dedicar à procura da púrpura e depois ao estanho, deslocando –se para isso até ao sul da Península – a Tartesso - fundando Gades (actual Cadiz) ,ou até a contornando para- admite-se - o ir buscar às ilhas britânicas. Assim o refere a viagem de Himilcão, supostamente feita em 525 a.C ,de que contudo não há absoluta certeza. E até se assume, que não já os Fenícios mas sim os Tartessos (usando outro tipo de embarcação de bordo alto) poderiam ter feito regularmente esta viagem no Atlântico.


Barco TARTESSO



E há lendas -ou razões?!- que levam admitir ser possível que descessem e contornassem África, como o próprio Heródoto «o pai da História» relata.
Plínio «O Velho» refere a viagem de Hanão para sul ao longo da costa de África, viagem que a ter acontecido , teria sido levada a cabo no séc.V aC. Há contudo as mais sérias duvidas se, como diz Plínio, teriam ou não atingido a Libia ,onde se relata poderiam ter plantado trigo, e esperado pela colheita ,para então partir de novo.

Barco Fenício[1]

Se para tal tipo de viagem seriam necessárias embarcações de alto bordo (o que não acontecia no mediterrâneo),estas só apareceram com o desenvolvimento do povo Tartesso que, sito no sul da Península, se iniciou em incursões para ocidente das colunas de Hércules. Nas embarcaqções por estes desenvolvidas a vela(única) era rectangular, fixada a vergas, superior e inferior, flexíveis, amurando à borda, a BBe EB.O leme tipo espadela ,funcionava a EB, a ré..No topo do mastro era já usada uma gávea para observação da navegação (especialmente quando navegando em águas pouco profundas) Nos rios ou na falta de ventos, os remos (em apenas uma linha) eram montados na bordas.O casco tinha quilha sendo as tábuas do costado encostadas, e fixadas por tacos de madeira a cavernas interiores(apenas colocadas depois do casco formado).



[1] Uma das polémicas do brasão de Ílhavo -entre outras - foi logo apontada referindo o erro do autor Rocha Madail evocar uma embarcação fenicia, apondo no mesmo, realmente, uma embarcação grega.
(cont)

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